A alegria de ser pai e mãe, raramente pode ser comparada a qualquer outra, mas muitas vezes vem acompanhada da preocupação com o bem-estar do bebê. Quando o assunto é saúde pediátrica se faz imprescindível um olhar atento ao período gestacional. Várias pesquisas demonstraram que a exposição a diferentes níveis de CEM ao longo da gestação, impactaram na saúde do feto levando ao risco aumentado para efeitos adversos e doenças infantis, como obesidade, asma, diabetes tipo II e na adolescência, TDAH. Especialmente sobre a obesidade, gestantes expostas à radiação não ionizante dos CEM, tiveram risco aumentado em 69% para filhos obesos ainda na infância.
Outro vilão à saúde dos bebês pode estar no monitoramento à distância dos pais. O mercado atual está saturado com variedades de sistemas que oferecem monitoramento do bebê não apenas sonoro e visual, mas também monitoramento da temperatura, movimento, respiração do bebê e muito mais. No entanto, a maioria dessas ferramentas tem um alto preço: expor os bebês à radiação eletromagnética. Infelizmente, o tema da segurança da exposição aos CEM nem sequer é mencionado pelos fabricantes nos manuais ou nos seus websites. Os consumidores não são informados sobre os tipos de campos eletromagnéticos aos quais a criança é exposta enquanto o monitor está ligado. Ao discutir a radiação eletromagnética dos monitores para bebês, estamos analisando três tipos de campos: elétrico, magnético e de radiofrequência. Com babás eletrônicas sem fio, a exposição mais preocupante vem da radiofrequência, porém os demais campos também devem ser considerados pelos pais.
Todos os monitores sem fio para bebês vendidos nos EUA emitem radiação de alta frequência e fazem isso continuamente quando os monitores estão ligados e, frequentemente, quando estão em modo de espera. Os níveis de exposição dependem da força do sinal e da proximidade da fonte. Alguns monitores a apenas um metro de distância do berço mostram leituras iguais à exposição à radiação de micro ondas de uma torre de telefonia celular a 50-100 m de distância. Os produtores dos monitores vestíveis afirmam que o sinal Wi-Fi é igual em intensidade ao dos roteadores Wi-Fi, o que é semelhante a operar um forno de micro-ondas próximo ao bebê.
A maioria dos estudos de segurança EMR envolvendo seres humanos baseia-se em adultos, e não em bebés, cujos corpos são apenas uma fracção da massa de uma pessoa adulta. As estruturas das crianças pequenas, especialmente os seus crânios, ainda estão em formação, tornando os seus cérebros mais susceptíveis à radiação, sendo mais fluidos com maior permissividade e condutividade eléctrica, capazes de absorver 50-100% mais energia de RF do que a cabeça de um adulto.
A Agência de Proteção à Saúde do Reino Unido (HPA) afirma que a radiação de um telefone sem fio DECT pode, na verdade, exceder a radiação de um telefone móvel. A conexão Wi-Fi que traz conveniência de monitoramento de vídeo aos pais tem o preço da emissão contínua de radiação pulsante em ambos os sentidos, mesmo quando não há muita comunicação. À medida que surgem mais pesquisas que mostram o efeito biológico do Wi-Fi na saúde humana, organizações em todo o mundo começam a tomar posições firmes no sentido de limitar ou proibir a exposição de crianças à radiação de alta frequência.
O primeiro passo para minimizar a exposição aos CEM é perceber que submeter um bebé mesmo às mais pequenas quantidades de radiação eletromagnética apresenta o risco de ser inseguro. Tomar medidas de precaução na seleção de uma babá eletrônica é a escolha mais segura que um pai pode fazer. Conseguir um monitor com fio é a melhor e a única solução sólida, mesmo que acarrete um pequeno inconveniente devido à capacidade limitada de movimentação dos pais. Uma opção é obter um intercomunicador com fio. Outra opção é comprar um monitor que possa ser usado com fio em um sistema Ethernet com fio, com as opções sem fio completamente desativadas.
por SoftwarePlay